Relação entre capacidade de trabalho anaeróbico e oxigenação crítica em atletas
Resumo
Objetivo: A capacidade anaeróbica de trabalho (AWC) é entendida como a potência máxima que o atleta pode suportar ao longo do tempo, condicionada por um esforço de alta intensidade, sendo importante interpretá-la para melhorar o desempenho. Além disso, a saturação muscular de oxigênio (SmO2) fornece informações sobre o metabolismo muscular e a hemodinâmica. Da mesma forma, a oxigenação crítica (OC) é a taxa metabólica mais alta que resulta em um suprimento de energia totalmente oxidativo atingindo um estado estável no nível do substrato. O principal problema é que o SmO2 geralmente oferece uma interpretação laboratorial tradicional sem aplicação em testes de campo, portanto, o objetivo deste estudo é fornecer o uso do CO como indicador de desempenho de AWC em exercícios de alta intensidade.
Métodos: Participaram 22 jogadores de rugby do sexo masculino. Foram medidos os picos máximos após um teste de fadiga isocinética e o consumo de oxigênio muscular (mVO2) e SmO2 no músculo vasto lateral. Uma análise de correlação e regressão múltipla foi aplicada para encontrar um modelo explicativo de predição do AWC.
Resultados: Uma maior amplitude de SmO2 e CO implicaria em menor trabalho anaeróbio (r = -0,58 er = -0,63) e menor produção de força. Além disso, o CO junto com o peso (kg) pode explicar a AWC em 64% durante o exercício de alta intensidade.
Conclusão: A medida oxigenação crítica prevê AWC, portanto, deve ser considerada um fator de desempenho. Esses parâmetros podem ser incluídos em sensores NIRS para a medição do metabolismo muscular.