Efeitos da prática de artes marciais na aptidão física e características comportamentais de pessoas com deficiência intelectual: uma revisão sistemática

  • Thaynara Machado Licenciada em Educação Física. Centro Acadêmico de Vitória. Núcleo de Educação Física e Ciências do Esporte. Universidade Federal de Pernambuco. Brasil.
  • Luvanor Santana Mestre em Nutrição, Atividade Física e Plasticidade Fenotípica. Centro Acadêmico de Vitória. Universidade Federal de Pernambuco. Brasil.
  • Lúcia Inês Guedes Oliveira Mestre em Educação Física. Programa Associado de Pós-graduação em Educação Física. Escola Superior de Educação Física de Pernambuco. Laboratório de Avaliação da Performance Humana. Universidade de Pernambuco. Brasil.
  • Saulo Melo Oliveira Doutor em Educação Física. Programa Associado de Pós-graduação em Educação Física. Escola Superior de Educação Física de Pernambuco. Laboratório de Avaliação da Performance Humana. Universidade de Pernambuco. Professor da Universidade Federal de Pernambuco. Centro Acadêmico de Vitória. Núcleo de Educação Física e Ciências do Esporte. Brasil.
Palavras-chave: Personas discapacitadas, Comportamiento adaptativo, Educación física, Rendimiento motor perceptivo Disabled persons, Adaptative behavior, Physical education, Perceptual motor performance Pessoas com deficiência, Comportamento adaptativo, Educação física, Desempenho motor perceptivo

Resumo

Introdução: Pessoas com deficiência intelectual (DI) normalmente apresentam limitações no campo da interação social, e também podem ser acometidos por doenças crônicas. A atividade física e o esporte exercem importantes reduções nos riscos de desenvolver doenças, contudo, algumas modalidades ainda carecem de informação sobre sua efetividade, tais quais as artes marciais.

Objetivo: Apresentar os efeitos relacionados a prática de artes marciais para pessoas com deficiência intelectual.

Método: Uma busca sistemática em seis bases de dados foi realizada por dois avaliadores independentes. Os estudos deveriam trazer informações claras sobre o público com deficiência intelectual estudado além das características que compunham as intervenções selecionadas. A qualidade dos estudos foi avaliada pela escala PEDro.

Resultados: Após administração dos critérios de inclusão/exclusão 16 estudos foram selecionados (karatê: seis; judô: cinco; taekwondo: dois; taichi: dois e artes marciais mistas: um), totalizando 310 pessoas com deficiência intelectual avaliadas. Os tipos de deficiência intelectual investigados foram Síndrome de Down (n=21), deficiência intelectual grave e moderada (n=45), transtorno do espectro autista (n=135), deficiência intelectual não especificada com Coeficiente intelectual <70 (n=66), deficiência intelectual “educável” (n=32) e epilepsia (n=11). Os principais resultados apontam para melhoria em aspectos da aptidão física e também do desempenho motor. Aspectos de socialização e do comportamento apresentam resultados conflitantes.

Conclusão: Existem efeitos positivos oriundos da prática de artes marciais, contudo variáveis comportamentais ainda carecem de evidência em pessoas com deficiência intelectual. A baixa qualidade metodológica dos estudos releva a necessidade de mais pesquisas de qualidade, randomizadas e controladas, e incluindo outras artes marciais acessíveis ao público com deficiência intelectual.

Publicado
2020-06-29
Secção
Revisiones
Página/s
192-201