Comparação da atividade eletromiográfica de músculos do core no exercício prancha ventral com bosu
Resumo
Objetivo: Analisar e comparar a atividade eletromiográfica (domínio temporal e espectral) dos músculos reto do abdome, oblíquo externo do abdome, oblíquo interno do abdome, eretor da espinha e multífido no exercício prancha ventral em superfície instável: bosu normal e invertido, durante 45 segundos de contração isométrica.
Método: Quinze voluntários, adultos jovens, saudáveis e fisicamente ativos (21.73 ± 1.31 anos, estatura 177.10 ± 3.90 cm; 74.27 ± 5.38 kg, e 10.97 ± 1.60 % gordura corporal), sem histórico de lombalgia. O sinal eletromiográfica foi analisado no domínio temporal e espectral em três etapas distintas em cada exercício: Início (ETAPA A: 5 a 10 segundos), meio (ETAPA B: 20 a 25 segundos) e fim (ETAPA C: 40 a 45 segundos) e normalizado pela contração isométrica voluntária máxima. Utilizou eletrodos de superfície diferenciais simples com ganho de 20 vezes. No tratamento estatístico foi aplicado teste ANOVA two-way, com post hoc de Sidak (p<0.05).
Resultados: Foi demonstrada similaridade na atividade eletromiográfica no domínio temporal de todos os músculos comparando bosu normal e invertido. Além disso, os resultados exibiram aumento da atividade eletromiográfica e redução da frequência mediana (slope negativo) durante as diferentes etapas em ambos os exercícios.
Conclusão: Devido à similaridade de atividade eletromiográfica, a escolha da utilização da bosu normal ou invertido não se difere para indivíduos treinados, entretanto, a escolha do tempo de 45 segundos é uma estratégia interessante para aumentar a atividade eletromiográfica dos músculos do core e trabalhar a resistência à fadiga muscular, fatores imprescindíveis para prevenção de lombalgia.