Testes angulares para estimar a flexibilidade dos isquiotibiais
Descrição dos procedimentos exploratórios e valores de referência
Resumo
Testes de avaliação baseados em medidas angulares são frequentemente utilizados na área clínica e científica para estimar e monitorar a flexibilidade dos músculos isquiotibiais. Existem diversos testes angulares descritos na literatura científica, dentre os quais se destacam: a) o teste de elevação da perna esticada; b) teste do ângulo poplíteo; e c) os testes que estudam a disposição da pelve e da porção caudal da coluna lombar na posição de flexão máxima do tronco, diferenciando entre “testes de flexão lombo-vertical” e “testes de flexão lombo-horizontal”. Limitações e desvantagens foram descritas para todos os protocolos, principalmente em termos do possível envolvimento da pelve e da coluna, posição da articulação do tornozelo (em dorsiflexão ou posição neutra), diferentes limites de normalidade nos exames, aplicação de diferentes velocidades e. força na realização dos ensaios, existência ou não de aquecimento prévio e variabilidade dos instrumentos utilizados. Esta especificidade metodológica pode impactar a decisão final de escolha de um ou outro teste por parte de cientistas, clínicos e demais profissionais da área das Ciências do Esporte. Portanto, os principais objetivos desta revisão bibliográfica são: descrever a metodologia de avaliação dos testes angulares mais utilizados na área clínica e científica; além de fornecer valores de referência que podem ser usados por profissionais para categorizar a flexibilidade dos isquiotibiais como normal ou encurtada.