Resposta cardiovascular ao treinamento de força é mais afetada pela intensidade do que pelo volume em indivíduos saudáveis

  • OC Moreira Instituto de Biomedicina. Universidade de León. Espanha.
  • CEP Oliveira Instituto de Biomedicina. Universidade de León. Espanha.
  • DG Matos Departamento de Desporto, Exercício e Ciências da Saúde da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Duero. Portugal
  • SF Silva Departamento de Educação Física. Universidade Federal de Lavras. Brasil
  • RC Hickner Departamento de Cinesiologia e Fisiologia. Centro de Disparidades em Saúde, Laboratório de Desempenho Humano. Universidade da Carolina do Leste. EUA.
  • FJ Aidar Departamento de Educação Física. Universidade Federal de Sergipe. Brasil.
Palavras-chave: Salud, Ejercicio de fuerza, Procesos fisiológicos cardiovasculares, Frecuencia cardiaca, Presión Arterial Health, Resistance exercise, Cardiovascular physiological processes, Heart rate, Blood pressure Saúde, Exercício resistido Processos fisiológicos cardiovasculares, Frequência cardíaca, Pressão arterial

Resumo

Objetivo: Determinar e comparar as respostas cardiovasculares a três protocolos de exercícios resistidos (ER) com diferentes volumes e intensidades.
Métodos: Foram avaliados 15 indivíduos saudáveis, experientes em ER, que realizaram o exercício de supino com três volumes e intensidades diferentes, separadas por 48 horas, seguindo um delineamento cruzado: a) quatro repetições a 90% de uma repetição máxima (4/90%), b) oito repetições a 80% de uma repetição máxima (8/80%) e c) 15 repetições a 65% de uma repetição máxima (15/65%). Imediatamente após cada protocolo foram realizadas medidas de frequência cardíaca, pressão arterial sistólica e diastólica, que foram utilizadas para calcular o duplo produto.
Resultados: O protocolo 4/90% apresentou modificações em: frequência cardíaca (Δ = 84.57%; tamanho do efeito [ES] = 0.31), pressão arterial sistólica (Δ = 24.03%; ES = 0.42), pressão arterial diastólica (Δ = 8.47%; ES = 0.27) e duplo produto (Δ = 129.65%; ES = 0.54). O protocolo 8/80% resultou alterações em: frequência cardíaca (Δ = 74.94%; ES = 0.57), pressão arterial sistólica (Δ = 20.67%; ES = 0.27), pressão arterial diastólica (Δ = 6.91%; ES = 0.15) e duplo produto (Δ = 111.78%; ES = 0.48). O protocolo 15/65% apresentou variações em: frequência cardíaca (Δ = 66.77%; ES = 0.39), pressão arterial sistólica (Δ = 16.85%; ES = 0.35), pressão arterial diastólica (Δ = 3.38%; ES = 0.13) e duplo produto (Δ = 96.41%; ES = 0.30). Foram observados aumentos em todas as variáveis do momento pré para o pós nos três protocolos (p < 0.05). Comparando-se os três protocolos, verificou-se que a frequência cardíaca (p < 0.001), a pressão arterial sistólica (p = 0.034) e o duplo produto (p < 0.001) foram mais elevadas no 4/90% em comparação com 15/65%.
Conclusão: A realização do exercício de supino com baixo volume e alta intensidade promove uma resposta cardiovascular mais acentuada que sua realização com alto volume baixa intensidade.
 
Publicado
2018-04-20
Secção
Originais