Aplicação da variabilidade da frequência cardíaca na caracterização de atletas de elite da luta livre das Canárias com diferentes níveis de desempenho
Resumo
Objetivo. O objetivo do estudo foi caracterizar os praticantes de luta livre das Canárias com base no estudo da variabilidade da frequência cardíaca (VFC).
Método. A VFC foi registrada em repouso (posição supina por 10??) em 13 lutadores de elite de luta livre das Canárias (altura: 1,79 ± 0,08 m; peso corporal: 116,45 ± 31,68 kg; massa corporal [IMC]: 35,56 ± 7,11) que foram organizados por níveis de desempenho esportivo (classificado e não classificado). O sinal VFC foi analisado nos domínios do tempo e da frequência (transformada rápida de Fourier [FFT]).
Resultados. O grupo de lutadores de nível superior (GC) apresentou menor VFC (potência total 498,00 ± 384,07 ms2 versus 1.626,00 ± 584,57 ms2) em comparação aos lutadores de nível inferior (GNC). Em ambos os casos o peso principal do espectro de frequências recaiu sobre a faixa de altas frequências (GC: 53,30% ± 19,00; GNC: 60,33% ± 14,53). Os picos de baixa frequência (LF) e alta frequência (HF) aparecem em pontos bem definidos em cada faixa de frequência, mas com valores diferentes entre cada grupo (GC: 0,10 ± 0,04 e 0,30 ± 0,06 Hz; CNG: 0,12 ± 0,04 e 0,20 ± 0,06Hz).
Conclusão. A VFC demonstra ser uma ferramenta de análise eficaz para detectar certos padrões de comportamento cardíaco ligados ao desempenho. Estas diferenças, nos praticantes de luta livre das Canárias, reflectem-se nos valores de frequência muito baixa (VLF) (potenciais tardios), e na sua expressão nas zonas de bandas de baixa frequência (LF: densidade espectral e picos) e de alta frequência (HF: densidade espectral e picos). Eles respondem a mecanismos funcionais subjacentes derivados de suas características morfofuncionais e de desempenho que influenciam o controle vegetativo da resposta cardíaca.