Diferenças na análise de movimento e intensidade de uma final de rugby 7's de alto nível
Resumo
Objetivo. Analisar em jogadores da seleção nacional a carga externa (volume e intensidade da corrida) e a carga interna (frequência cardíaca) de trabalho durante a partida, correspondente à final de um torneio internacional de rugby 7's.
Métodos. Os dados provêm de 8 avaliações realizadas ao longo de 2 partidas com 4 jogadores masculinos e 4 femininos. Para isso foi utilizado um sistema de posicionamento global (GPS) com frequência de 1Hz.
Resultados. Os jogadores percorreram em média 2.343,4±283 m (115,1 m·min-1), sem diferenças significativas entre a primeira (1.199,45±132,4 m) e a segunda parte (1.143,97±154,2 m) da partida. Os jogadores percorreram em média 2.486,30±165,8 m (121,4 m·min-1), sem apresentar diferenças significativas entre a primeira (1.203,78±101,85 m) e a segunda parte (1.282,52±86,83 m). Existem diferenças significativas entre ambas as categorias nos metros percorridos na zona 3 (12-14 km h-1, p<0,05) e nas zonas 5 e 6 (18-20 e >20 km h-1, p<0,05 e p <0,01 respectivamente). Na categoria feminina, a frequência cardíaca máxima foi de 185,2±4,5 bpm em comparação com 188,6±6,5 bpm para os homens. A frequência cardíaca média foi de 163,2±4 bpm e 167,6±3 bpm em cada caso. Os jogadores permaneceram acima de 80% da frequência cardíaca máxima durante 91% da partida, em comparação com 74% dos homens. A relação tempo de trabalho: tempo de descanso nas categorias feminina e masculina foi de 1:0,4 e 1:0,41, respectivamente.
Conclusão. Os resultados do presente estudo fornecem suporte objetivo para a ideia de que o rugby 7's é jogado em um ritmo de corrida mais elevado do que outras modalidades de rugby, sugerindo que suas demandas físicas são diferentes daquelas encontradas em outras modalidades.