Estimativa do gasto energético em atividades de curta duração e alta intensidade

  • B.H. Viana-Montaner Centro Andaluz de Medicina del Deporte. Córdoba. España.
  • J.R. Gómez-Puerto Centro Andaluz de Medicina del Deporte. Córdoba. España.
Palavras-chave: Gasto energético, Metabolismo no aeróbico, Lactato Energy expenditure, Non-aerobic metabolism, Lactate Gasto energético, Metabolismo não aeróbico, Lactato

Resumo

O objetivo da presente revisão é demonstrar que, em suma, em atividades de alta intensidade, o uso exclusivo do consumo de oxigênio subestima significativamente o cálculo do gasto energético total, e que a medição do acúmulo de lactato no sangue é uma alternativa válida em tal casos.

Atualmente não existe uma metodologia ideal para quantificar o gasto energético que não seja gerado pelo metabolismo aeróbico. A biópsia muscular é um método direto; Contudo, é invasivo e deve-se aceitar que uma pequena amostra reflete os eventos metabólicos do músculo como um todo. Por outro lado, o EPOC (consumo excessivo de oxigênio pós-exercício) não mede o calor liberado na transformação do piruvato em lactato (processo irreversível).

Margaria et al., demonstram que a taxa de acúmulo de lactato no sangue (em g/kg de peso corporal/minuto) aumenta linearmente com a potência metabólica (em kcal/kg de peso corporal/minuto) de um trabalho. Di Prampero propõe calcular a equação de regressão da inclinação da reta que descreve essa relação, que ele chama de β, coeficiente que dá lugar à quantidade de energia por unidade de massa corporal contribuída pelo acúmulo de 1 mMol de lactato no sangue e seu valor é 3,0 ml O2/kg peso/mmol.

Em atividades breves e intensas, a utilização do [Δ lactato sanguíneo] como indicador de gasto energético não aeróbico é uma ferramenta extremamente valiosa, apesar de não ser totalmente precisa.

Publicado
2018-04-29
Secção
Revisiones
Página/s
147-55