Eficácia da terapia aquática nos sintomas motores em pacientes com Parkinson. Revisão sistemática
Resumo
Introdução: O Parkinson é uma condição neurodegenerativa progressiva que afeta mais de 10 milhões de pessoas. Embora atualmente não existam intervenções para modificar significativamente a progressão da doença de Parkinson, novos estudos continuam a fornecer informações sobre o manejo sintomático ideal. Nesse sentido, recentemente foi sugerido o uso da terapia aquática de forma complementar à farmacologia. O objetivo deste trabalho é avaliar a eficácia da terapia aquática nos sintomas motores em pacientes com Parkinson.
Método: Foi realizada uma revisão sistemática utilizando as diretrizes PRISMA. Foram selecionados ensaios clínicos randomizados controlados, realizados em humanos, realizados nos últimos dez anos. A principal base de dados utilizada foi a PubMed, por meio da plataforma National Library of Medicine.
Resultados: De todas as bases de dados consultadas foram coletados 64 estudos. Após rejeição de duplicatas e aplicação de filtros, restaram cinco ensaios clínicos para fazer parte desta revisão. A amostra total foi de 327 pacientes com Parkinson. A duração de cada sessão variou entre 30-45 minutos, a frequência variou entre 2-5 vezes por semana e o número total de sessões variou entre 6 e 11.
Conclusões: A terapia aquática é eficaz na melhora dos sintomas motores em pacientes com Parkinson. Esta terapia melhora a marcha, postura, equilíbrio e mobilidade funcional. Além disso, reduz a incapacidade, os sintomas motores, a bradicinesia, a rigidez da marcha e a amplitude do tremor em repouso.