Sequelas de saúde de médio prazo em brasileiros recuperados de COVID-19 de acordo com a gravidade
O estudo AEROBICOVID
Resumo
Os objetivos foram identificar os sintomas e comorbidades preditivos de doença grave e analisar as sequelas leves de saúde em brasileiros recuperados da COVID-19. Oitenta e quatro participantes foram divididos em gravidade leve (n = 16), moderada (n = 51), grave (n = 9) ou crítica (n = 8). A avaliação padronizada incluiu: anamnese para identificação dos sintomas e comorbidades; e sistema cardiorrespiratório, composição corporal, indicadores hematológicos e imunológicos e aptidão física para analisar as sequelas de saúde de médio prazo. Os participantes com maior gravidade apresentaram febre, fadiga e dispneia. Diabetes (p = 0,003), hipertensão (p < 0,001) e síndrome metabólica (p = 0,010) foram as comorbidades significativamente associadas para doença grave ou crítica. Pessoas com gravidade crítica relataram uma relação cintura/quadril e nível de gordura visceral significativamente mais elevados em comparação com gravidade leve e moderada. Participantes graves e críticos relataram piores resultados nos testes de agilidade e equilíbrio em comparação com gravidade leve (p = 0,015; p = < 0,001, respectivamente) e moderada (p = 0,014; p = < 0,001, respectivamente). Febre, fadiga e dispneia; e diabetes, hipertensão e síndrome metabólica foram os sintomas e comorbidades associados à maior gravidade. Foram relatados valores alterados de leve duração da composição corporal, funcionamento físico, aumento dos níveis de glicose, reticulócitos e linfócitos.